Alexandre Pato pede que Tite não entregue ouro "falando muito"

13/08/2013 07:34

“Adaptação” é uma palavra frequentemente usada para justificar a demora para que Alexandre Pato engrene no Corinthians. Gil e Renato Augusto voltaram da Europa e se ajustaram sem delonga, mas o atacante, em seu oitavo mês no clube do Parque São Jorge, ainda busca um encaixe.

O jogador, Tite e os dirigentes alvinegros citam vários fatores para explicar o processo lento e apostar no sucesso em breve. Além do histórico recente de lesões, há razões pessoais e táticas, como a total diferença de estilo em relação ao titular Guerrero. O peruano, diz sempre o treinador, recebe como pivô e retém a bola, enquanto Pato prefere os lançamentos na frente.

“Pois é. O professor está falando muito já... Não pode falar o ponto forte”, brincou o camisa 7. “Gosto muito de bola de profundidade porque posso disputar na velocidade. Precisando, faço o pivô também. Aos pouquinhos, a gente vai se entrosando, isso já começou. Estou tentando fazer o jogo do time, e eles também vão se adaptando ao meu jogo.”

Pato sempre foi veloz, mas diz ter aprendido a usar de maneira mais eficaz essa sua qualidade na Itália. Ao fim dos treinamentos no Milan, clube que defendeu dos 17 aos 23 anos, ele contava com a ajuda de bons professores para um melhor entendimento com os meio-campistas.

“Quando cheguei lá, não sabia fazer alguns movimentos. O Pirlo e o Seedorf batiam em mim, cobravam. Então, acabavam os treinos, eu pedia para eles lançarem para mim, e eu praticava os movimentos, aqueles passos que você dá antes (da arrancada)”, recordou o atacante paranaense.

No Corinthians, Pato também vem treinando bastante. A adaptação, porém, vai muito além da tática e da técnica. Longe do protótipo “maloqueiro e sofredor” que tanto aprecia a Fiel, o caro reforço ainda encontrou um time bem montado, cheio de glórias recentes.

Tímido, o atacante ainda busca um entendimento maior com os companheiros. Ele ficou bastante satisfeito com os abraços agressivos que recebeu depois de balançar a rede no último domingo, no triunfo sobre o Vitória. O carinho dos colegas interrompeu a homenagem que ele tentava prestar ao avô na comemoração.

“O pessoal veio para cima de mim, o Sheik começou a brincar. Foi um momento muito bom”, sorriu Pato. “Quando cheguei, o Corinthians tinha acabado de ganhar um Mundial de Clubes, o grupo tinha ganhado tudo. Estou me adaptando a jogadores que estavam juntos fazia dois ou três anos, não é fácil. Você tem que conhecer o pessoal fora de campo, fazer amizade para que haja entrosamento na hora em que a bola rola. Posso falar que estou muito satisfeito e tenho certeza de que vou dar muito mais ao Corinthians.”

Fonte: Gazeta Esportiva


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