Após reunir 10 mil, protesto em Porto Alegre tem vandalismo e 103 presos
Contêineres foram depredados e queimados no centro de Porto Alegre.
Carros ainda foram chutados, paredes pichadas e lojas quebradas.

Todos foram encaminhados a um centro de triagem da Brigada Militar. Oito pessoas ficaram feridas e foram atendidas no Hospital de Pronto-Socorro (HPS). O protesto foi considerado encerrado pela Brigada Militar depois das 22h. Mais cedo, a caminhada chegou a reunir 10 mil pessoas de maneira pacífica até os primeiros confrontos e atos de vandalismo na Cidade Baixa.
De acordo com o Ceic, 17 contêineres foram queimados ao longo do percurso dos protestos. Durante o dia, foram retirados das ruas cerca de 80 lixeiras para evitar que o mesmo ocorresse. Uma banca de revistas também acabou incendiada nas proximidades do Hospital Santa Casa de Misericórdia. O Corpo dos Bombeiros foi acionado para controlar o fogo. Os bombeiros foram acionados para um total de 33 ocorrências.
Segundo comandante do Estado Maior da Brigada Militar, Alfeu Freitas Moreira, uma pessoa ainda foi presa portando uma TV de LCD furtada de uma loja de eletrodomésticos na Rua dos Andradas. "O manifestante já foi embora. Quem está aqui, está com o interesse de fazer bagunça. Pessoas quebraram vidros de automóveis, arranharam os carros. Estamos tentando conter essas pessoas e identificá-las", afirmou ao G1.
Agências bancárias tiveram seus vidros quebrados no Centro. Uma concessionária de veículos foi depredada na Avenida João Pessoa. Na Cidade Baixa, carros foram chutados e um chegou até a ser arrombado, paredes foram pichadas e contêineres foram derrubados e depredados.
Antes, perto da Usina do Gasômetro, um pequeno grupo de jovens chutou placas de sinalização de trânsito, quando foram repreendidos por outros manifestantes.
Na Rua Riachuelo, após passar mal com o gás lacrimogêneo jogado pelo Batalhão de Operações Especiais da Brigada Militar, um idoso de 76 anos foi socorrido imediatamente por moradores da Casa do Estudante Universitário. Com a demora de 35 minutos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, ele encontrou apoio nos jovens, que abriram as portas para ajudá-lo.