Brasil assiste a show da Rússia e perde final da Liga Mundial
Foi uma atuação avassaladora. A Rússia não deu chances ao Brasil. No primeiro, no segundo e no terceiro set. Isso mesmo. Um incomum placar de 3 a 0 (parciais 25/23, 25/19 e 25/18) - geralmente, os encontros entre essas duas equipes são decididos em cinco sets. Tranquilos, os russos fizeram a sua melhor partida em toda a Liga Mundial. A seleção de Bernardinho esteve apática. Até impressionada com o que viam do outro lado da quadra. Não há como contestar o merecimento desse título para os europeus.
A expectativa de uma partida disputada ponto a ponto ficou no primeiro set. Foi apenas no início do jogo que o Brasil conseguiu se equivaler à Rússia. Um vacilo no final, oportunidade desperdiçada e o set foi para os russos. O que se viu a seguir foi um massacre. Comemoração, vibração por pontos conquistados, só do lado adversário. Atônitos, os brasileiros pareciam não saber o que fazer. Assim, o segundo set foi embora.
Como descrever o terceiro set? O momento do jogo em que a Rússia chegou a se dar ao luxo de errar bolas até certo ponto fáceis - claramente relaxaram, dada a facilidade com que levavam a partida até ali. Nem isso, porém, impediu a vitória russa com a maior vantagem no placar. Bernardinho tentou mudar a equipe, colocar jogadores do banco em quadra, dar bronca nos tempos pedidos. De nada adiantava. Talvez, simplesmente não fosse o dia dos brasileiros.
O Brasil entrou em quadra com a expectativa de conquistar o seu décimo título da Liga Mundial - oito deles sob o comando de Bernardinho. Saiu com uma baita lição na bagagem. Para derrotar os gigantes russos, que assim como a seleção brasileira também passou por uma profunda reformulação após a Olimpíada de Londres, é preciso evoluir muito. Dessa vez, o título brasileiro foi a experiência. Algo importante para um grupo jovem como esse. Que seja bem usada daqui pra frente.
Após o jogo, o técnico Bernardinho avaliou com consciênca a derrota para a Rússia. Lembrou que o grupo está em formação e é preciso ter tranquilidade, porque os jogadores têm muito potencial. “Eles (Rússia) jogaram muito bem. É isso. É preciso ter calma com alguns jogadores que estão chegando agora. Criou-se uma expectativa muito grande com alguns deles”, afirmou o treinador. “É um processo de construção. Peço tranquilidade neste momento, pois são jogadores de potencial”.
Fonte.: superesportes.com