Corregedoria da PM apura suposto envolvimento de militares na morte de pedreiro, em Porto Nacional
CT
A corregedoria da Polícia Militar (PM) está apurando o suposto envolvimento de dois policiais no espancamento e morte do pedreiro Wagner Dias Carvalho, 26 anos, ocorrido neste sábado, 25, em Porto Nacional. Os militares, que tiveram seus nomes preservados, estão afastados das suas funções.
“Já mandei instaurar inquérito policial militar para investigar as causas da morte do Wagner. As apurações criteriosas irão apontar se houve ou não a suposta participação dos militares no crime. O laudo pericial é quem vai dizer o motivo da morte”, ressaltou o comandante geral da PM, coronel Luiz Cláudio Gonçalves Benício.
De acordo com o coronel, aconteceu uma abordagem normal dos dois policiais com a vítima. “Eu soube de duas versões. A primeira é que ele [a vítima] resistiu e após uma luta corporal e com a queda, a vítima teria dado um infarto. A segunda é que a família afirma que houve agressão, espancamento até a morte. Os fatos serão apurados criteriosamente”, disse.
Benício afirmou que as responsabilidades serão “cumpridas a risco”. “Vamos atribuir os encargos a quem de direito. Se comprovada a participação dos policiais no crime, serão penalizados administrativamente, possivelmente, com a perda da função e na Justiça comum, com certeza serão punidos”, esclareceu o coronel, acrescentando que a PM “não tolera este tipo de comportamento, se for comprovado”.
Relatos
De acordo com os primeiros relatos, os dois policiais chegaram à residência da vítima após terem sido acionados por um rapaz que morava no setor que alegou ter tido sua moto roubada.
Ainda segundo os relatos, o veículo foi emprestado para outra pessoa comprar droga, o qual não teria retornado com a moto.
Então, ainda conforme os relatos, os policiais chegaram à residência da vítima achando ser ele a pessoa que estava com a moto. Naquele momento, Carvalho estava no portão e, ainda conforme relatos, os militares teria ido em sua direção, o empurrado, jogado spray de pimenta e em seguida, supostamente dado choques nele.
A vítima teria caído e os militares teriam algemado suas mãos para trás, bem como os pés e, ainda conforme os relatos, teria começado a bater nele.