Dilma suspeita de que espionagem americana tenha motivo econômico
Para cobrar explicações, ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, vai a Washington encontrar conselheira de Segurança Nacional.
O governo suspeita que houve interesse comercial na espionagem americana na Petrobras.
O ministro das Relações Exteriores já embarcou para os Estados Unidos para cobrar explicações.
Ele vai se encontrar com a conselheira de Segurança Nacional americana em Washington para tratar do assunto. A presidente Dilma Rousseff considerou a espionagem na Petrobras tão grave quanto a denúncia de que ela foi alvo de espiões americanos.
Dilma lembrou que, no caso da Petrobras, se confirmada a denúncia, ficará claro o motivo econômico, e não o combate ao terrorismo.
O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, deve se reunir ainda esta semana com a conselheira de Segurança Nacional Americana, Susan Rice, em Washington. Espera ouvir explicações sobre as denúncias de espionagem ao Brasil.
O Fantástico teve acesso a documentos que revelaram que a Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, NSA, também monitorou a rede privada de computadores da Petrobras.
A presidente Dilma Rousseff considera a denúncia de espionagem contra a estatal tão grave quanto a tentativa de espioná-la. Em nota, afirmou que a Petrobras não ameaça a segurança de qualquer país. E concluiu: se o caso for confirmado, fica evidente que o motivo não é segurança ou combate ao terrorismo, mas tentativa de violar interesses econômicos e estratégicos.
A presidente cobrou esclarecimentos e medidas concretas para afastar a possibilidade de espionagem ofensiva.
A Petrobras também divulgou nota para informar que tem sistemas qualificados e atualizados para proteger a rede interna de computadores.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, descartou a possibilidade que tenha havido vazamento de informações sigilosas sobre o leilão do campo de libra, na Bacia de Santos, programado para 21 de outubro, e afirmou que ele não será cancelado. “Tudo mantido como foi programado”, diz Edison Lobão.
Segundo o governo, essa área chamada de libra, na Bacia De santos, tem reservas estimadas entre oito e 12 bilhões de barris de petróleo.