Falta qualificação aos trabalhadores

05/08/2013 20:47

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Uma consulta à Secretaria estadual do Trabalho e Assistência Social, bem como ao Sine Municipal de Palmas, mostra que o primeiro semestre de 2013 foi de alta de ofertas de empregos formais no Tocantins. No semestre sobrou vagas de emprego e faltou trabalhadores, gerando um déficit de trabalhadores.

Um das dificuldades apontadas pelas empresas geradoras de empregos é a falta de qualificação da mão de obra, o que impede que as vagas disponíveis sejam totalmente alocadas. Outro fator que também está atrapalhando o preenchimento dessas vagas é o desencontro entre o que é procurado por quem quer trabalhar e o que é ofertado pelas empresas. Exemplo em Palmas, onde as vagas mais procuradas são: assistente administrativo; atendentes de lojas; técnico em enfermagem; cuidador de idosos; atendentes de consultórios odontológicos; serviços gerais; secretária; motorista; porteiro, segurança; telemarketing (esse o mais procurado pelos estudantes).
Em contrapartida as vagas geradas em Palmas confrontam com o que é procurado pelos trabalhador. As maiores ofertas de trabalho são de: estoquistas; pizzaiolo; padeiro; confeiteiro; açougueiro; pedreiro; eletricista; manutenção de redes; costureira; empregada doméstica (área com grande rotatividade). Nesse ponto se estabelece uma contradição entre o que os trabalhadores procuram e o que os empregadores colocam no mercado. Importante ressaltar que na série ajustada do mercado de trabalho formal, o que se incorpora às informações é que houve um acréscimo no primeiro semestre de 2013 no Estado do Tocantins com a criação de mais de 2.588 postos de trabalho. 

Dados
No geral as vagas mais procuradas pelos trabalhadores nos postos de atendimento do Sine no Estado são para os cargos dos setores administrativos, de construção cível, de supermercados e serventes de obras. Mas, as vagas de trabalho mais preenchidas no período foram de: servente de pedreiro; vendedor de comércio varejista; auxiliar de escritório; trabalhador agropecuário; pedreiro; motorista; assistente administrativo e operador de caixa. Esses desencontros fizeram com que no período as vagas ofertadas pelo mercado não fossem totalmente preenchidas, traduzindo: quer dizer que sobrou vaga no mercado de trabalho.
Segundo estatística do Caged, no primeiro semestre de 2013, Araguaina teve 6.112 admitidos, sendo desligados 6.239, ficando com saldo negativo de -127. Colinas do Tocantins teve no mesmo período 568 admitidos, 507 desligados, restando um saldo positivo de 61 vagas. A cidade de Gurupi, também oscilou muito entre os admitidos e desligados, chegando a 2.118 admitidos, 2.364 desligados, e um saldo negativo, ou seja, um déficit de -246. Foram demitidos mais que contratados no período.
Em quase todas as cidades do Tocantins o número de vagas admitidas e demitidas oscilaram tanto para cima como para baixo, mas o saldo no geral foi positivo para o Estado. No mês de agosto, o SEBRAE estará realizando uma série de cursos e palestras pelo Estado.

Gerados 3.996 vagas em Palmas

No período de janeiro a julho de 2013, foram encaminhados pelo Sine da prefeitura de Palmas, 4.042 trabalhadores. Ocorrendo um aumento substancial com relação ao ano passado. No primeiro semestre de 2012, havia 1.803 vagas e no primeiro semestre de 2013 o aumento foi para 2.009 vagas. 

“Em minha opinião, não temos desemprego em Palmas. Temos que nos adequar às demandas do mercado, proporcionando qualificação aos trabalhadores” ressaltou Wânia Severo Vidal, diretora do Sine Municipal de Palmas.
Se o candidato a emprego tiver o perfil que a empresa está procurando, não é difícil encaixar-lo, já que as empresas, em sua maioria não tem exigido experiência e tem procurado fornecer treinamentos aos empregados, visando a sua preparação profissional nos moldes que a empresa necessita. “Temos muitas empresas se instalando em Palmas, e a reclamação tem sido realmente a falta de mão de obra, e a alta rotatividade em determinadas áreas”, disse Wânia.

Dificuldade
As maiores reclamações das empresas que estão em Palmas, assim como em outras cidades do Tocantins, onde foi apresentado um elevado número de vagas, mas com pouca admissão, está na qualificação e formação dos interessados. Apesar do Senai estar fornecendo diversos cursos, a falta de qualificação tem se tornado um dos maiores inimigos para quem busca um emprego.
Supermercado, padarias e hotéis têm registrado um maior número de rotatividade. A maioria começa a trabalhar, participa de curso de formação, mas acaba se desligando da empresa por vários motivos, entre eles a não compatibilidade do novo emprego.  Assim como a falta de mão de obra qualificada, a alta rotatividade tem tornado-se um dos maiores problemas  para quem emprega e acaba atingindo os trabalhadores.
Pelo Sine Tocantins, em Porto Nacional foram criadas 1.836 vagas e somente 816 foram colocados. Isso demonstra que a falta de qualificação tem prejudicado as pessoas que são candidatas a uma vaga de emprego. Pelo Sine do Estado do Tocantins, Palmas registrou 4.930 vagas e apenas 1.728 foram admitidas.

Estatística da Secretaria

O setor de estatística da Secretaria do Trabalho e Ação Social – SETAS informou a redação que o mercado de trabalho em Palmas e no Estado de certa forma foi muito bom para o primeiro semestre de 2013. Considerando o mercado de trabalho no primeiro semestre deste ano, o setor onde apresentou um número maior de demissão foi o setor do comércio, que foi o responsável pela redução de 268 empregos. Analisando os subsetores de atividades econômicas, houve mais demissões do que contratações nas atividades de serviços médicos, odontológicos e veterinários, nas quais foram demitidas 1.581 pessoas.
Em contrapartida, os setores que mais empregaram foram o de construção civil, com 1.641 novos pontos de emprego, e indústria da transformação, que gerou 905 empregos celetistas. O subsetor que apresentou melhores resultado foi o de serviços ao comércio e administração de imóveis, valores mobiliários e serviços técnicos. Considerando as informações da evolução do mercado de trabalho do primeiro semestre, foram gerados 2.588 novos empregos no Estado. Ocorreram mais oferta de emprego que colocação, devido a  falta de qualificação da mão de obra no Estado.

Fonte: Jornal Primeira Página


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