Funcionários de empresa de coleta de lixo em Palmas são demitidos

28/08/2013 15:37
Diretor disse que trabalhadores não se enquadraram ao perfil da empresa.
Coleta de lixo não vai ser prejudicada, segundo o diretor.

Diretor da Terra Clean conversa com funcionários (Foto: Jesana de Jesus/G1)

Funcionários da Terra Clean, empresa responsável pela coleta de lixo em Palmas, foram demitidos na manhã desta quarta-feira (28). Segundo os trabalhadores, mais de 100 pessoas foram despedidas. O diretor da empresa, Wagner Scolástico, disse que os funcionários não se enquadravam ao perfil da Terra Clean.

Caio da Silva, que trabalhava como coletor, falou que saiu de casa cedo para trabalhar e quando chegou à empresa às 7h foi avisado de que não era mais funcionário da Terra Clean. "Cheguei e o encarregado já falou 'você não precisa entrar porque a partir de hoje você não trabalha mais aqui'".

A demissão foi uma surpresa também para Leandra Nunes da Silva, que exercia o cargo de varredora. Ela fez críticas à empresa: "Nós pedíamos materiais de serviço eles não forneciam, queriam que a gente economizasse. O trabalho não era fiscalizado e a empresa não nos fornecia nem vale transporte". Os funcionários dizem que não sabem o motivo da demissão. Leandra diz que só faltou ao trabalho uma vez, quando precisou levar a filha ao hospital.

Segundo o diretor da empresa, o trabalho de coleta de lixo não vai ficar prejudicado já que outros funcionários foram contratados no lugar dos que foram demitidos. Quando questionado sobre as demissões Scolástico respondeu: "Aqui é uma empresa privada eu demito quem eu quiser. Nós contratamos muitos funcionários, alguns não se adequaram."

O diretor ainda informou que os 45 dias de expêriencia do funcionários já venceram. Questionado sobre o número exato de demitidos, ele disse apontando para o pátio: "É esse pessoalzinho aí."

Maria Juliana Alves da Silva, que trabalhava como varredora, disse que foi demitida e que está grávida. Sobre o caso da funcionária, o diretor falou que as leis trabalhistas vão ser respeitadas.

Fonte: G1