Governo quer mais de R$ 1 bilhão em empréstimo para pagar dívidas
O empréstimo de mais de R$ 1 bilhão de reais, solicitado pelo governo estadual, deveria ter sido votado nesta quinta-feira (17) na Assembleia Legislativa do Tocantins, mas como muitos deputados faltaram à sessão, a votação deve acontecer na semana que vem. O estado alega que precisa do dinheiro para pagar dívidas de empréstimos anteriores e também para fazer investimentos.
Na semana passada o governo apresentou aos deputados dois projetos de lei solicitando autorização para fazer dois empréstimos: um no valor de 100 milhões de dólares, com um banco chinês, e outro de 400 milhões de dólares com uma instituição financeira do Japão.
O deputado Carlão da Saneatins (PSDB), líder de governo, disse que o empréstimo é para pagar "parte de dívidas já contraídas com juros maiores do que esse empréstimo que está sendo realizado e o restante desses 400 milhões de dólares será para investimento".
Os poucos deputados que compareceram à sessão, entre eles os que são da oposição, discutiram a proposta do governo. Para a oposição, o estado precisa explicar melhor sobre a aplicação dos recursos, prazo e condições de pagamento e as taxas de juros que serão pagas.
"Quais os recursos liberados, aonde eles foram gastos, quantos desses convênios já foram liberados, aonde esses recursos foram aplicados. Nós queremos saber a capacidade de endividamento do estado, ou seja, as informações que precisamos são bem mais completas do que essas apresentadas nesse documento inicial", cobrou o deputado estadual Marcelo Lelis (PV).
Os governistas se defenderam afirmando que o governo tem uma capacidade de endividamento de até 10 bilhões de reais e que pode pegar até mais de 8 bilhões para fazer investimentos. No entanto, a justificativa não convenceu a oposição. O estado já acumulou quase 2 bilhões de reais em dívidas de empréstimo, até o momento.
Na semana que vem o secretário de planejamento, Flávio Peixoto, deve comparecer no plenário da AL para esclarecer as dúvidas dos deputados, antes da votação dos projetos de lei.
Fonte: G1