Manifestantes pedem redução na tarifa de energia e CPI da Celtins

05/07/2013 07:40

Manifestantes protestam em frente à Celtins (Foto: Jesana de Jesus/G1)
Cerca de 70 pessoas protestam em frente à Celtins e à Assembleia.
Manifestantes são integrantes de movimentos sociais.

 

Cerca de 70 manifestantes ligados aos movimentos de luta pela moradia e dos atingidos por barragens, participaram de uma manifestação em Palmas, nesta quinta-feira (4). Eles protestaram em frente à Companhia de Energia Elétrica no Tocantins (Celtins) e depois caminharam até à Assembleia Legislativa do estado.

Os manifestantes reivindicam a redução do valor da tarifa de energia elétrica. Nesta terça-feira (2) a Celtins anunciou um aumento de 10,23% à 14,45% para consumidores residenciais de baixa tensão e de 12,96% para os de alta tensão. Mas, o aumento, que passaria a valer nas leituras feitas a partir desta quinta-feira (4), foi suspenso. O governo estadual conseguiu uma liminar junto à Procuradoria Geral do Tocantins, que estabeleceu uma multa diária de R$ 1 milhão caso haja descumprimento da decisão.

 

Mesmo sem o reajuste, os manifestantes consideram o valor atual da energia elétrica no Tocantins abusiva e afirmam ser uma das mais caras do Brasil.

A dona de casa Ana Lúcia Ribeiro, 30 anos, que participou da manifestação, reclamou. Ela, que mora com mais 6 pessoas no setor Aureny III, região sul de Palmas, conta que ficou indignada ao saber que a energia pode aumentar ainda mais. “A gente não tem dinheiro nem para pagar a conta sem o aumento da tarifa.”

Segundo o Coordenador Estadual do Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM), Bismarck do Movimento, a luta dos manifestantes é também pela estatização da Celtins e pela instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Companhia. “Nós queremos que a empresa seja 100% do Estado, que seja instaurada a CPI da Celtins e que se existe dívidas na Companhia, que elas sejam pagas pelos acionistas e não pela sociedade.”

A Integrante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) Juditi da Rocha não se conforma com o valor alto da energia no Tocantins. “Enquanto o governo federal anuncia redução de energia, o Tocantins quer aumentar o valor”. E foi ainda mais além, ao reivindicar energia elétrica para os atingidos por barragens. “Hoje os atingidos, maiores prejudicados pela construção das barragens, não tem energia elétrica”.

Na Celtins, os manifestantes não foram recebidos pelos diretores da companhia como planejavam. Mesmo assim, protocolaram um documento contendo as principais reivindicações do movimento.

Na Assembleia Legislativa, os líderes do movimento foram recebidos no gabinete do presidente da AL, deputado Sandoval Cardoso.

Os deputados receberam o mesmo documento que foi entregue na Celtins. Em resposta a uma das principais reivindicações dos manifestantes, Cardoso disse que a proposta de uma CPI para investigar a Celtins já está em tramitação. Ela foi apresentada nesta quarta-feira (3) pelo deputado José Roberto e deve entrar em pauta assim que recomeçarem as sessões ordinárias na Assembleia Legislativa.

Fonte.: g1


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