Moradores de Gurupi recebem orientação após casos de calazar
Agentes de saúde visitaram as casas de moradores
orientando sobre a doença
(Foto: Divulgação/Ascom Gurupi)
Moradores de Gurupi, no sul do Tocantins, receberam na manhã desta quarta-feira (20) orientações sobre o combate e a prevenção da leishmaniose, popularmente conhecida como calazar. Na ação profissionais da área da saúde e do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) realizaram uma varredura começando pelo setor Medeiros, por causa da quantidade de casos da doença registrados em função do número elevado de cães no local.
O calazar é transmitido pelo mosquito-palha ou birigui, que passa um protozoário para a corrente sanguínea. O parasita percorre o corpo do hospedeiro e atinge o fígado, o baço, a até a medula óssea. Se não tratada a leishmaniose visceral (nome científico da doença) pode até matar.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o objetivo do movimento é despertar a comunidade quanto as consequências que a doença pode causar a população. "É preciso exterminar o mosquito transmissor do vírus e também fazer com que a comunidade observe mais seus animais de estimação, principalmente cachorros e galinhas. Esses são os principais hospedeiros do vírus, que pode ser transmitido ao homem por meio da picada do mosquito infectado", disse a secretária municipal de saúde, Sueli Aguiar.
A ação contou com apoio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, agentes de saúde e endemias, além do grupo de desbravadores da Igreja Adventista do 7º Dia.
Mortes
Em setembro de 2013 o ex-policial Osmar Pereira da Silva, de 51 anos, morreu depois de ficar cerca de 30 dias internado no Hospital Regional de Gurupi. Outras duas pessoas também ficaram internadas na época com suspeitas da doença.
Entre setembro e outubro do mesmo ano, foram feitos cerca de dois mil testes em animais e desses, 280 deram positivo para a doença. Todos os animais doentes precisaram ser sacrificados.