Novo presidente do PT, Júlio César diz que acredita na 3ª via e descarta aliança com governo e "PMDB de Kátia Abreu": "São iguais", compara

22/01/2014 17:28

O novo presidente regional do PT, Júlio César Brasil, tomará posse em solenidade na sexta-feira, 24, às 16 horas, no auditório da Assembleia Legislativa. Ele venceu o Processo de Eleição Direta (PED) do partido, em novembro do ano passado, e vai suceder o atual presidente, Donizeti Nogueira. O ex-prefeito de Couto Magalhães é da mesma tendência de Donizeti, a majoritária Construindo um Novo Brasil (CNB). Ainda serão empossados na sexta os diretórios estadual e metropolitano e o presidente metropolitano, professor George Brito, também eleito no PED do ano passado.

Júlio César afirmou ao blog que acredita que o Tocantins esteja preparado para eleger um candidato a governador de terceira via nas eleições deste ano. O PT formou bloco no ano passado com PP, PSL e PCdoB para tentar viabilizar uma candidatura alternativa aos dois grupos tradicionais do Estado. O pré-candidato dos petistas é o empresário e médico Nicolau Esteves, atual secretário de Saúde da Capital. "Estamos trabalhando o nome do Nicolau, mas o partido vai apoiar o candidato que sair deste grupo", garantiu o novo presidente da legenda.

Caso a candidatura de Nicolau não prospere, Júlio Cesar disse que o PT pode colocar um nome na chapa majoritária para o Senado. No caso, seria novamente candidato ao cargo o ex-prefeito de Porto Nacional Paulo Mourão, que em 2010 concorreu e ficou em quarto lugar.

No campo legislativo, o novo presidente petista contou que o partido vai trabalhar para eleger um deputado federal (em 2010, Donizeti Nogueira foi eleito suplente) e para aumentar o bom resultado que obteve para a Assembleia há quatro anos, quando elegeu três deputados estaduais - Amália Santana, José Roberto e Solange Duailibe (que hoje está no SDD). "Temos um trabalho que nos dá condições de eleger mais deputados este ano", garantiu Júlio César.

Governo Amastha
Ele disse que o PT mantém um bom relacionamento com o prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PP) - vários membros da sigla possuem cargos no governo da Capital -, mas observou que uma aliança propriamente dita não foi debatida e formalizada pela legenda. "Vamos aprofundar este debate junto com o diretório metropolitano", afirmou o petista. Segundo ele, de toda forma, PT e PP já estão trabalhando juntos, aliados na tentativa de se construir uma candidatura alternativa no Tocantins.

Alianças descartadas
Ainda que uma candidatura alternativa não prospere, Júlio César garantiu que não existe possibilidade de o PT se aliar com o Palácio Araguaia e nem mesmo com "o PMDB da Kátia Abreu". Ainda que esteja na base de apoio do governo Dilma Rousseff, a senadora, de acordo com o petista, é uma adversária histórica de seu partido "e não é diferente do grupo do Siqueira Campos". "Trabalhamos por uma mudança neste Estado e não vemos diferença entre a Kátia Abreu e o Siqueira Campos e o grupo dele. O jeito de fazer política é o mesmo. Banalizam a política com seus métodos e desmoralizam o processo político", defendeu Júlio César. "Kátia Abreu já esteve com Marcelo, ambos já estiveram com Siqueira e agora se juntaram de novo. Só trocam de camisa conforme a conveniência. São projetos pessoais, o Estado está em quarto ou quinto plano para eles."

Além disso, Júlio César lembrou que o PMDB não vive um bom momento. "O PMDB é hoje um partido indefinido e confuso", avaliou.

Incompetência
O novo presidente do PT avaliou que a aliança que o partido fez com o siqueirismo nom início de 2011 foi importante naquele momento. "O PMDB do Sandoval Cardoso [deputado estadual, presidente da Assembleia] queria fazer uma oposição irresponsável e o PT não poderia passar penalizar a população. Olha onde o Sandoval está hoje [ele está no SDD, partido da base governista]", explicou Júlio César.

Segundo ele, o PT, naquele momento, decidiu dar um crédito ao governo, num momento de extrema dificuldade do Estado. No ano passado, contudo, o partido se declarou oposição ao Palácio Araguaia. "Porque faltou competência ao governo, há um desgoverno, só noticia negativa na infraestrutura, saúde e segurança. O Estado está desandando. Olha esse escândalo do Igeprev", apontou o novo presidente petista.


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