Potências mundiais pedem que Irã coopere com agência nuclear da ONU

05/06/2013 09:31

Negociações andam em 'círculo', segundo chefe da AIEA.
Agência quer acesso mais amplo às informações sobre programa iraniano.

 

Da AFP

 

Representantes do Irã liderados por Saeed Jalili  participam de negociações com as potências mundiais no Cazaquistão nesta sexta-feira (5)s (Foto: AFP PHOTO /ILYAS OMAROV )

Seis potências mundiais convocaram nesta quarta-feira (5) o Irã a cooperar de modo urgente com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), após uma série de reuniões infrutíferas sobre o programa nuclear de Teerã.

"Ressaltamos que é essencial e urgente que o Irã coopere com a agência", declararam os cinco países membros permanentes do Conselho de Segurança (Estados Unidos, China, Rússia, Reino Unido e França) além da Alemanha, em um texto lido pelo representante alemão na AIEA, Konrad Scharinger, segundo diplomatas.

 

Na segunda-feira, o diretor-geral da AIEA havia expressado seu cansaço, diante de um diálogo com o Irã que se move "em círculos", e acusou Teerã de ter apagado rastros comprometedores de uma instalação sob suspeita.

A AIEA insiste em ter um acesso mais amplo às instalações, indivíduos e documentos para poder responder a todos os pontos levantados em seu crítico relatório de novembro de 2011.

O Irã considerou que o relatório de novembro de 2011 estava cheio de falsidades e também era politizado. Vários elementos listados nos documentos provêm dos serviços de inteligência dos países membros, especialmente da CIA americana.

O último encontro entre Irã e AIEA ocorreu em meados de maio em Viena, e não foi fixada nenhuma data para o próximo encontro.

Amano criticou a república islâmica por sua falta de cooperação com a agência, já que, depois de uma década de investigações sobre o país, os peritos se mostram "incapazes de concluir que todos os materiais nucleares no Irã são para uso pacífico".

O Irã nega categoricamente que busque produzir uma arma nuclear, e afirma que seu programa atômico é exclusivamente para uso civil.

O país encontra-se sob diversas sanções da ONU, agravadas por um embargo financeiro e petroleiro por parte dos Estados Unidos e da União Europeia, que atingem duramente sua economia.

No entanto, o Irã continua ampliando seu programa nuclear, em especial o enriquecimento, um direito que o país reivindica por ser signatário do Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP).

 


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