Presidente de comissão, Pugliese pega relatoria e chamará audiência para que Gaguim e Marcelo defendam suas contas de 2009 e 2010

05/06/2013 07:30
Algo inusitado ocorreu na Comissão de Finanças, Tributação, Fiscalização e Controle da Assembleia Legislativa esta semana. Na terça-feira, 4, com sua saída da Casa para dar vaga ao titular Raimundo Palito (PEN), o suplente Jorge Frederico (PSD) devolveu a relatoria do polêmico processo que avalia as contas consolidadas dos exercícios financeiros de 2009 e 2010 dos governos Marcelo Miranda e Carlos Gaguim, ambos do PMDB. O presidente da comissão, José Ausgusto Pugliese (PMDB), não pensou duas vezes e assumiu a relatoria do caso.

Na prática, a relatoria sai das mãos de um governista e passa para um oposicionista, ou, antes, aliado de Gaguim e Marcelo. Contudo, antes que se emita qualquer prejulgamento, Pugliese garantiu ao blog transparência total na avaliação do caso, e que não vai isentar quem por acaso tiver feito malversação de dinheiro público, como também não condenará quem for inocente.

Pugliese disse ainda que o processo será rápido, mas, avisou, essa rapidez não pode atrapalhar a legalidade. Por isso, explicou, não pode definir em quanto tempo o plenário estará julgando o caso.

Absolutamente nada

O relator contou que o processo não conta ainda com nenhum parecer, ainda que já tenha tido dois relatores - além do último, Jorge Frederico, também Osires Damaso (DEM). "Não foi feito absolutamente nada", afirmou Pugliese.

Então, agora o deputado pretende concluir a leitura de todo o processo e, em seguida, abrir espaço para manifestação por escrito de Marcelo e Gaguim. Depois, caso os dois gestores queiram, Pugliese vai promover uma audiência pública com a participação dos dois, quando os deputados poderão tirar todas as dúvidas e os ex-governadores terão espaço para se defenderem. "O povo do Tocantins tem o direito de saber o que foi feito e a Assembleia tem a obrigação de votar", defendeu o relator do caso e presidente da comissão.

Preparo e responsabilidade, e sem ceder à pressão

Pugliese disse que evocou para si a missão de relator desse processo por entender que a responsabilidade é muito grande, principalmente por proximidade de um período eleitoral, considerando, inclusive, que os dois ex-governadores são adversários politicos do governo Siqueira Campos (PSDB). "Me sinto preparado, tenho cultura suficiente para entender o que é certo e o que é errado nessa questão e farei somente o que preconiza a legislação", garantiu o deputado, que prometeu, por fim, um relatório isento, sem ceder a qualquer tipo de pressão.

 


Crie um site grátis Webnode