Scotland Yard avalia nova informação sobre morte de Diana
A polícia metropolitana de Londres está a “estudar o alcance” da informação e a “avaliar a sua relevância e credibilidade”.
Não é uma nova investigação. A Scotland Yard revelou ter recebido novas informações sobre as circunstâncias da morte de Diana Spencer, princesa de Gales, em 1997. Mas apressou-se a sublinhar que não se trata de uma reabertura do caso. Para já, a polícia metropolitana de Londres está a “estudar o alcance” da informação e a “avaliar a sua relevância e credibilidade”.
A fonte da informação em causa não foi revelada no comunicado em que, neste sábado, Scotland Yard dá conta das novas diligências relacionadas com o inquérito que foi dado como encerrado em 2008. A conclusão desse inquérito justificava o embate fatal num pilar do túnel da Ponte de l’Alma, em Paris, com a “negligência grosseira” do condutor, que também morreu.
Estávamos a 31 de Agosto de 1997. Diana, ex-mulher de Carlos e mãe dos príncipes William – segundo na linha de sucessão ao trono britânico – e Harry, estava acompanhada pelo namorado, Dodi Al-Fayed, herdeiro do empresário Mohamed al-Fayed, e por um guarda-costas, o único dos quatro ocupantes do carro que sobreviveu ao embate.
O casal tinha saído de um hotel parisiense e tentava despistar um conjunto de fotógrafos que seguiam de mota no seu encalço. Segundo o juiz Scott Baker, que presidiu ao inquérito concluído em Abril de 2008, a acção persecutória dos paparazzi contribuiu para o desenlace trágica naquela noite. Para a classificação de “negligência grosseira” na actuação do condutor – que seguia a alta velocidade num Mercedes-Benz S280 – contribuiu o facto de estar a sob efeito do álcool.
A Scotland Yard lembra que as mortes de Diana Spencer e Dodi Al-Fayed – e do condutor, Henri Paul – “foram exaustivamente investigadas” e que a nova informação não está relacionada com a Operação Paget, que em 2006 concluiu que não havia provas de que o casal tivesse sido assassinado, como chegou a sugerir Mohamed al-Fayed. Ainda assim, assegura que a nova informação será avaliada pelo Comando Especial de Crime e Operações.
A Sky News avança, citando fontes anónimas, que a informação chegou à polícia metropolitana de Londres através de "fontes militares" e que tem origem nos ex-sogros de um antigo soldado. Segundo a estação de televisão, a informação que está a ser avaliada pela Scotland Yard refere que o casal foi morto por um militar britânico.
Diana, a “princesa do povo”, como lhe chamou Tony Blair após a sua morte, tinha 36 anos à data do acidente. Estava formalmente divorciada do príncipe Carlos há um ano e era o mais conhecido rosto da luta contra as minas antipessoais.